terça-feira, 8 de dezembro de 2009

História da LINGUA GREGA

Proto-grego
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Micênico (c. 1600–1000 a.C.)
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Grego antigo (c. 1000–330 a.C.)
Dialetos:
eólico, arcado-cipriota, ático-jônico,
dórico, lócrio, panfílio;
grego homérico.
possivelmente macedônio.
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Koiné (c. 330 a.C.–330 d.C.)*
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Grego medieval (330–1453)
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Grego moderno (a partir de 1453)
Dialetos:
capadócio, cretense, cipriota,
dimotikí, griko, katharévussa,
ievânico, pôntico, tsacônio
ver • edite

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*Datas (começando com o grego antigo) de D.B. Wallace, Greek Grammar Beyond the Basics: An Exegetical Syntax of the New Testament (Grand Rapids 1997), 12.

O proto-grego ou protogrego é o suposto ancestral comum a todas as variedades do grego, incluindo o micênico, o grego clássico e seus dialetos (ático-jônico, eólico, dórico e o grego do noroeste) e, posteriormente, o koiné, o grego bizantino e o grego moderno. A maior parte dos estudiosos inclui os fragmentos da língua macedônia antiga como descendente de uma língua anterior, "proto-helênica", ou como descendente do próprio proto-grego, na qualidade de língua helênica ou mesmo de um dialeto do grego.[1]

O proto-grego teria sido falado no fim do terceiro milênio a.C., muito provavelmente nos Bálcãs. A unidade do idioma teria terminado à medida que os migrantes helênicos que falavam um ancestral do micênico, entraram na península grega, por volta dos séculos XXI a XVII a.C., e separaram-se assim dos gregos dórios, que entraram na península somente um milênio mais tarde (ver invasão dórica) e, portanto, mantiveram um dialeto que é considerado, em alguns aspectos, mais arcaico.

A evolução do proto-grego deve ser considerada em relação a um sprachbund anterior paleo-balcânico, que torna difícil delinear as fronteiras exatas entre cada uma destas protolínguas. A representação caracteristicamente grega das laringais em início de palavra por vogais protéticas é partilhada pelo armênio, que também possui em comum com o grego outras peculiaridades fonológicas e morfológicas do grego. O parentesco entre o armênio e o grego explicaria a natureza parafilética da isoglossa centum-satem.

As grandes semelhanças entre o grego antigo e o sânscrito védico sugerem que tanto o proto-grego quanto o proto-indo-iraniano ainda eram muito semelhantes a um proto-indo-europeu tardio, o que o situaria cronologicamente em algum ponto do quarto milênio a.C., ou de um proto-idioma greco-ariano posterior ao proto-indo-europeu. Esta última hipótese, no entanto, tem pouco apoio entre os linguistas, já que tanto a distribuição geográfica quanto cronológica do grego e do indo-ariano se encaixam com a hipótese Kurgan, do proto-indo-europeu.




Proto-grego
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Micênico (c. 1600–1000 a.C.)
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Grego antigo (c. 1000–330 a.C.)
Dialetos:
eólico, arcado-cipriota, ático-jônico,
dórico, lócrio, panfílio;
grego homérico.
possivelmente macedônio.
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Koiné (c. 330 a.C.–330 d.C.)*
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Grego medieval (330–1453)
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Grego moderno (a partir de 1453)
Dialetos:
capadócio, cretense, cipriota,
dimotikí, griko, katharévussa,
ievânico, pôntico, tsacônio

Grego micênico
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Grego micênico
Falado em: Sul dos Bálcãs/Creta
Extinção: Século XII a.C.
Família: Indo-europeia
Helênica
Grego antigo
Grego micênico
Escrita: Linear B
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ine
ISO 639-3: gmy

Mapa da Grécia (em inglês) feito de acordo com a descrição feita por Homero na Ilíada; estes dados geográficos se referem primariamente à Grécia da Idade do Bronze, quando o grego micênico seria falado.
História da
língua grega
(ver também: alfabeto grego)
Proto-grego
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Micênico (c. 1600–1000 a.C.)
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Grego antigo (c. 1000–330 a.C.)
Dialetos:
eólico, arcado-cipriota, ático-jônico,
dórico, lócrio, panfílio;
grego homérico.
possivelmente macedônio.
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Koiné (c. 330 a.C.–330 d.C.)*
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Grego medieval (330–1453)
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Grego moderno (a partir de 1453)
Dialetos:
capadócio, cretense, cipriota,
dimotikí, griko, katharévussa,
ievânico, pôntico, tsacônio
ver • edite

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*Datas (começando com o grego antigo) de D.B. Wallace, Greek Grammar Beyond the Basics: An Exegetical Syntax of the New Testament (Grand Rapids 1997), 12.

O micênico (português brasileiro) ou micénico (português europeu) é a forma mais antiga do grego cuja existência pode ser comprovada; era falada na Grécia continental, bem como em Creta durante o chamado período micênico, entre os séculos XVI e XI a.C., antes da invasão dórica.

O idioma foi preservado através de inscrições em Linear B, uma forma de escrita usada pela primeira vez na ilha de Creta, antes do século XIV a.C.. Diversas destas inscrições foram feitas em tabuletas de argila encontradas em Cnossos, na Creta central, e em Pilos, no sudoeste do Peloponeso. O idioma recebe o nome de Micenas, onde se encontrou um dos mais antigos palácios do período a serem escavados.

As tabuletas permaneceram por muito tempo sem serem decifradas, e sugeriu-se todo tipo de idioma como tendo sido usado em sua composição, até que Michael Ventris decifrou a escrita em 1952, e provou-a como uma forma primitiva de grego. Os textos destas tabuletas são, em sua maior parte, listas e inventórios. Nenhuma narrativa em prosa sobreviveu no idioma, muito menos qualquer tipo de mito ou poesia. Ainda assim, muito pode ser descoberto através destes registros, sobre as pessoas que os produziram e sobre o período em que foram feitos, que antecedeu à chamada Idade das Trevas grega.


O grego koiné (Κοινὴ Ἑλληνική) era um dialeto do grego utilizado como língua franca na porção oriental do Império Romano. Também conhecido como "alexandrino", "helenístico", "comum"', ou "grego do Novo Testamento", o koiné surgiu por volta de 300 a.C. e perdurou até 330 d.C., quando deu lugar ao grego medieval.

Todos os atuais alfabetos europeus derivam quer direta quer indiretamente do alfabeto grego. No entanto, os gregos não inventaram o seu alfabeto; adotaram-no dos semitas. Isto se evidencia no fato de que as letras alfabéticas gregas (de cerca do século XVII a.C.) assemelham-se aos caracteres hebraicos (de cerca do século XVIII a.C.). Seguem também a mesma ordem geral, com poucas exceções. Além disso, a pronúncia dos nomes de algumas das letras é bem similar; por exemplo: ál‧fa (alfa, grego) e ’á‧lef (álefe, hebraico); bé‧ta (beta, grego) e behth (bete, hebraico); dél‧ta (delta, grego) e dá‧leth (dálete, hebraico); e muitas outras. O coiné tem 24 letras. Ao adaptarem o alfabeto semítico à língua grega, os gregos fizeram um valioso acréscimo a ele, por tomarem as letras excedentes, para as quais não tinham consoantes correspondentes (’á‧lef, he’, hhehth, ‛á‧yin, waw e yohdh) e as usaram para representar os sons vocálicos a, e (breve), e (longo), o, y e i.


Alfabeto grego Koiné

Α α Ál‧fa = alfa a

Β β Bé‧ta = beta b

Γ γ Gám‧ma = gama g, duro, como em guerra2

Δ δ Dél‧ta = delta d

Ε ε É‧psi‧lon = epsilo e, breve, como em etapa

Ζ ζ Zé‧ta = dzeta z

Η η É‧ta = eta e, longo, como em peso

Θ θ Thé‧ta = teta th, como think em inglês

Ι ι I‧ó‧ta = iota i

Κ κ Káp‧pa = capa k

Λ λ Lám‧bda = lambda l

Μ μ My = mu m

Ν ν Ny = nu n

Ξ ξ Xi = csi x, pronunciado cs

Ο ο Ó‧mi‧kron = ômicron o, breve, como em modelo

Π π Pi = pi p

Ρ ρ Rho = rô r

Σ σ, ς3 Síg‧ma = sigma s

Τ τ Tau = tau t

Υ υ Ý‧psi‧lon = ípsilon y ou u, (u francês)

Φ φ Fi = fi f, o ph latino

Χ χ Khi = ki, qui k, pronunciado aspirado kh

Ψ ψ Psi = psi ps, como em lapso

Ω ω O‧mé‧ga = ômega o, longo, como em povo




Alfabeto grego

O alfabeto utilizado para escrever a Língua grega teve o seu desenvolvimento por volta do século IX a.C., utilizando-se até aos nossos dias, tanto no grego moderno como também na Matemática, Astronomia, etc.

Anteriormente, o alfabeto grego (Ελληνικό αλφάβητο) foi escrito mediante um silabário, utilizado em Creta e zonas da Grécia continental como Micenas ou Pilos entre os séculos XVI a.C. e XII a.C. e conhecido como linear B. O Grego que reproduz parece uma versão primitiva dos dialectos Arcado-cipriota e Jónico-ático, dos quais provavelmente é antepassado, e é conhecido habitualmente como Micénico.

Crê-se que o alfabeto grego deriva duma variante do semítico, introduzido na Grécia por mercadores fenícios. Dado que o alfabeto semítico não necessita de notar as vogais, ao contrário da língua grega e outras da família indo-europeia, como o latim e em consequência o português, os gregos adaptaram alguns símbolos fenícios sem valor fonético em grego para representar as vogais. Este facto pode considerar-se fundamental e tornou possível a transcrição fonética satisfatória das línguas Europeias.


Letra Nome Som Valor Alfabeto Semítico HTML
Α α Alfa /a/ /a:/ (a longo ou breve) 1 Aleph (') /a/ (Álefe) α
Β β Beta /b/ 2 Beth /b/ β
Γ γ Gama /g/->/G/ /j/(ga,gue,gui,go,gu) 3 Gimel /g/ γ
Δ δ Delta /d/->/D/ 4 Daleth /d/ δ
Ε ε Épsilon /e/ (e sempre breve) 5 He (h) /h/ ε
Ϝ ϝ Digama /w/->-(a grafia é de dois gamas) 6 Waw (Vav) /w/
Ϛ ϛ Stigma /s/+/t/->-(a grafia é de sigma e tau) 6 Shin (sh) /S/ + Taw /t/
Ζ ζ Zeta /dz/->/z/ (ds, z italiano) 7 Zain /dz/ ζ
Η η Etá /E:/->/i/ (e sempre longo) 8 Heth (h*) η
Ͱ ͱ Ηeta /h/ – Heth (h*)
Θ θ Teta /t_h/->/T/ 9 Thet (t*) θ
Ι ι Iota /i/ -> /i/ /j/ 10 Yodh (y) /j/ ι
Κ κ Capa /k/ 20 Kaph /k/ κ
Λ λ Lambda /l/ 30 Lamed /l/ λ
Μ μ Miu /m/ 40 Mem /m/ μ
Ν ν Niu /n/ 50 Nun /n/ ν
Ξ ξ Csi /ks/ 60 Samekh (s) ξ
Ο ο Ómicron /o/ (o sempre breve) 70 Ain () ο
Π π Pi /p/ 80 Pe /p/ π
Ϻ ϻ San /ts/ – Sade (s*) /ts/
Ϸ ϸ Sho /ʃ/ – origem incerta
Ϙ ϙ Qoppa /k/ 90 Qoph /q/
Ρ ρ Rô/Ró /r/ 100 Resh /r/ ρ
Σ σ,ς Sigma /s/ 200 Shin (sh) /S/ σ
Τ τ Tau /t/ 300 Taw /t/ τ
Υ υ Upsilon /u/->/y/->/i/(u francês ou ü alemão) 400 De Wau υ
Φ φ Fi /p_h/->/f/ 500 origem incerta φ
Χ χ Chi /k_h/->/x/ 600 origem incerta χ
Ψ ψ Psi /ps/ 700 origem incerta ψ
Ω ω Omega /O:/->/o/(o sempre longo) 800 origem incerta ω
Ͳ ͳ Sampi /ss/ /ks/ 900 origem incerta




As letras Digamma, San e Qoppa desapareceram do alfabeto nos seus primeiros tempos, antes do denominado período clássico. Dado que a aparição das letras minúsculas é bastante posterior, não existem minúsculas das ditas letras.

Originariamente existiram variantes do alfabeto grego, sendo as mais importantes a ocidental (Calcídica) e a oriental (Jónica). A variante ocidental originou o alfabeto etrusco e daí o alfabeto romano. Atenas adoptou no ano 403 a.C. a variante oriental, dando lugar a que pouco depois desaparecessem as demais formas existentes do alfabeto. Já nesta época o grego escrevia-se da esquerda para a direita, enquanto que a princípio a maneira de o escrever era alternadamente da esquerda para a direita e da direita para a esquerda, de maneira que se começava pelo lado em que se tinha concluído a linha anterior, invertendo todos os caracteres em dito processo.

O factor inovador introduzido com o alfabeto grego são as vogais. As primeiras vogais foram Alfa, Épsilon, Iota, Ómicron e Upsilon. Se contempla o processo de criação do alfabeto grego como resultado de um processo dinâmico baseado na adopção de vários alfabetos semíticos através do tempo, encontrando inclusive influências do linear-B, poder-se-ia dar uma explicação mais satisfatória da sua origem do que as teorias que postulam uma adaptação única de um alfabeto determinado num momento dado.

Idiomas que utilizam o alfabeto grego
Atualmente, somente o grego moderno e o tsacônio são escritos usando o alfabeto grego. Além desses idiomas, o idioma bactriano, já extinto, e o copta, atualmente em uso somente na liturgia da Igreja Ortodoxa Copta de Alexandria, também adotaram o alfabeto grego, com algumas modificações

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